Essa aconteceu quando eu tinha uns 4 anos, mais ou menos em 86, eu ainda morava em Pirassununga. Lembro eu era um dia nublado, tinha chovido de manhã e eu queria saber se ia chover mais, lembro que tínhamos um costume para saber se ia chover, olhávamos para o morro da cidade, quando estava chovendo lá, é porque ia vir chuva pra cidade. Eu olhei para o morro e vi que estava chovendo, mas para confirmar, resolvi subir no muro para supostamente “ver melhor” o morro. Quando segurei no bloco mais alto do muro, pois o muro não era de tijolos, eram blocos de cimento, eu cai e o bloco veio junto, e segundo minha vó, o bloco ia cair na minha cabeça, ela me puxou e o bloco só caiu na minha canela, trincando-a. O que eu me lembro também é de minha mãe lavando minha perna no tanque e eu chorando muito. Ao contrário de hoje, eu era bem magrinho e me engessaram até a cintura, lembro de andar me arrastando e de coçar minha perna com uma antena de rádio, e pra ajudar o meu irmão mais novo, o Rodrigo, se aproveitava e batia em mim e corria, e eu não conseguia correr atrás dele.
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