Quando dois
corações se encontram, nada pode separá-los, parece uma coisa meio mágica, meio
mística, transcendental, de certa forma sem explicação. A pessoa pode ser a
mais centrada, mais dona do seu mundo, mas na hora que o coração acelera,
quando ela sente uma encarada “daquele” par de olhos, ela fica mais perdida do
que criança em loja de brinquedos, ela esquece a lógica do sistema, esquece que
tem uma imagem a zelar, por um momento esquece de si para pensar no outro. Isso
que eu acho excepcional no amor, a falta de egocentrismo, é um momento em que
nos esquecemos de nós mesmos e passamos a pensar mais em outra pessoa. Esse
também é o motivo do fim do amor, quando o egocentrismo volta, esquecemo-nos do
outro pra pensar na gente, aí não há amor que resista.
Não sei se
amar é a doença ou se é a cura, se faz bem ou se faz mal, é difícil definir,
ele pode nos levar do paraíso ao inferno em poucos segundos, talvez seja o
maior dos paradoxos, talvez seja por isso que ele é tão cultuado, adoramos
mistérios, e o amor é puro mistério.
Mesmo sendo
tão difícil defini-lo, mergulhamos nele, deixamos de enxergar, de ouvir,
fazemos todo tipo de sacrifício por ele e depois nos perguntamos por que
fazemos isso, mas faz parte, é o jogo, um jogo sem regras e sem juiz e porque
não dizer, sem ganhadores nem perdedores, um jogo que quando dá certo termina
empatado.
Mas
paciência, não vivemos sem ele, vivemos por ele e para ele e isso torna a vida
mágica, ficar preso por vontade própria, ser prisioneiro e pedir pra jogarem a
chave fora. Já que temos que ficar preso a algo, que seja ficar preso ao amor,
pois uma hora ou outra essa prisão vai valer a pena, mesmo parecendo que só
fazemos escolhas erradas, uma hora acertamos o grande prêmio, aí todas as
feridas de relacionamentos passados vão sarar para nunca mais serem abertas.
Vamos
aproveitar essa primavera que se inicia e vamos amar, vamos ajudar a natureza a
embelezar o planeta com beijos molhados e abraços quentes.
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